literatura, política, cultura e comportamento.
seja em santa maria, em alegrete, no rio de janeiro, em osório ou em liechtenstein.
na verdade, tanto faz.

24 de janeiro de 2009

Merecidas férias?



Amigos, estou saindo de férias. Finalmente. Depois de tanto tempo me dedicando peremptoriamente aos estudos. Antes era dedicação para entrar no mestrado, depois dedicação para conseguir me livrar de lá. Agora sim. A luta é outra. Arranjar um emprego. Quem souber de alguma coisa...


Nem acredito que consegui acabar tudo! Estou tão contente de levantar essa busanfa da frente do computador e ir a Osório rever grande parte dos amigos... Sim, porque outros grandes amigos eu conquistei nesses seis anos de Santa Maria e UFSM. Incluindo-se aqui a Taise, minha companheira, e o meu bebê (estão começando a nascer três dentinhos dele...). Amigos, faço questão de agradecê-los por terem, de uma forma ou outra, muito me ajudado nessa minha trajetória. Próximos ou longe, sempre disponíveis, sempre camaradas, sempre consoladores, é através dos meus amigos que me constituo enquanto sujeito. E, pelos irrestritos votos de sucesso, divido com cada um de vocês cada conquista minha.


Bom, gostaria de compartilhar convosco o momento decisivo que será a minha defesa:

Dia 10 março 2009 - 14 h

CE - sala 3223

A propósito: abaixo, o resumo da dissertação.

DE IMPOSSIBILIDADES E LIMITES DA REPRESENTAÇÃO
EM TRÊS TEXTOS DE MARGUERITE DURAS


Este trabalho tem por objetivo verificar as implicações na estética literária de Marguerite Duras ao propor a negação da representação, através de transgressões à narrativa tradicional. A partir de três textos de Duras que dialogam com a linguagem cinematográfica, Le camion (1977), Le Navire Night (1979) e La maladie de la mort (1983), esse trabalho, ao longo de três capítulos, reconhece nesses textos uma escrita de denúncia, em que a própria linguagem se propõe a tirar máscaras e desvelar seus mecanismos. O primeiro capítulo propõe a discussão sobre diferentes conceitos de representação e a busca da escrita de Duras por um possível além da verdade que as palavras ocultam. Num segundo momento, busca-se a reflexão acerca da manifesta impossibilidade da escrita de Duras em exprimir uma visão absoluta do mundo a ser representado, em que o diálogo com outras linguagens é uma tentativa de ultrapassar a condição de descontinuidade, própria da existência. Por fim, no último capítulo, questionam-se possíveis sentidos em uma proposta estética que visa a negar a representação: reconhece-se a escrita de Marguerite Duras enquanto transgressão e recusa ao definitivo. A sinceridade desmistificadora a que a escrita de Marguerite Duras se propõe depara-se com o desmoronamento da racionalidade, restando apenas ruínas da experiência e a dissolução de limites e certezas.

17 de janeiro de 2009

Moral de "A Favorita"





















A proposta foi da Fernanda Pacini, na comunidade da Carina Ninow : chegado o fim da novela, qual a moral da história? Eu e a Taise nos empolgamos e elencamos algumas das "morais" que pudemos perceber.


-- Duplas sertanejas só trazem desgraça;

-- Vá muito pouco para a faculdade e será encontrará um grande amor rico;

-- Você pode não ser filho de quem você pensa (em geral);

-- Mordomos nunca são confiáveis (em geral);

-- Se não fosse a Flora, o Tarcísio Meira não ficaria com a Glória Menezes;

-- Carmo de la Vecchia tem Complexo de Édipo (vide Engraçadinha);

-- A socialização dos bens de produção é a melhor saída pra crise;

-- Quem é o pai da Úrsula? (acho que minha aposta ficou implícita...);

-- (do Daniel Colin) Se tu for um péssimo ator, tu pode casar com a Cláudia Ohana;

-- Não se vanglorie de sua pretensa virilidade em público: ela pode não funcionar no momento certo (que bom!);

--Todo adúltero morre no final;

-- Quem engravida prostituta pega a mocinha;

-- Quem for gay pega a prostituta;

Mais contribuições serão muito benvindas...

7 de janeiro de 2009

A crise norte-americana no Brasil

Está circulando pela rede. Para quem não entendeu ou não sabe bem o que é ou gerou a crise americana, segue breve relato econômico para leigo entender.
























"O seu Biu tem um bar na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça "na caderneta" aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados.

Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito).

O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia.

Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.

Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capítais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BMF, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu).

Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.

Até que alguém descobre que os bêubo da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência. E toda a cadeia sifu".

Fonte: http://escriba.org/novo/2008/09/crise-financeira-americana-para-leigos/

"-- Alguém se lembra de como se saiu da crise de 1929?"
"-- Eu, eu, senhor, eu sei!"