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24 de maio de 2009

Seção "resenhas"


Estava matutando comigo mesmo e resolvi abrir uma série no blog. Nem sempre temos o tempo necessário para postarmos com a regularidade desejada; também há uma série de coisas a serem feitas (apesar de que as coisas menos importantes nos fascinam tanto...). Resolvi, portanto, abrir a seção "resenhas". Filmes que eu assistir e quiser recomendar, ou livros lidos, deixarei assinalados aqui. Vez ou outra me aventurarei a comentá-los eu mesmo. Inauguro a série com Fahrenheit 451, de direção de François Truffaut (indicação da Priscila). Acabei de vê-lo e fiquei encantado com a sensação que as imagens de queima de livros propiciam. É muito inquietante, completamente angustiante. Fica a deixa da senama.

Aliás, essa é a segunda série que me proponho a abrir no blog. A primeira é "Textos de gaveta", na qual tranpasso o limite de leitor e me aventuro a propor as minhas próprias palavras. Só conferir.
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Fahrenheit 451 (1966)

François Truffaut realiza este filme nos Estados Unidos, percebendo pouco ou nada de inglês, fazendo a adaptação do romance de Ray Bradbury, Fahrenheit 451 .

Num futuro onde a opressão é levada a um extremo, os bombeiros não são chamados para apagar os fogos, mas sim para criá-los. A Literatura era uma arte proibida, pois gerava no ser humano sentimentos desnecessários, que poderiam arruinar a base de toda uma sociedade. Os bombeiros da brigada 451 (temperatura em fahrenheit em que os livros começariam a arder) são chamados sempre que é feita uma denúncia de que alguém possui alguma obra de literatura. Ao longo do filme vemos clássicos da literatura a desaparecerem em chamas, de autores como Platão ou Aristóteles, Edgar Alan Poe e Charles Dickens.

Um bombeiro, em vésperas de ser promovido, começa a duvidar da sua função depois de conhecer uma jovem professora, que foi oprimida por tentar transmitir um pouco mais de alegria nas suas aulas. (Mais, aqui)


Em um Estado totalitário em um futuro próximo, os bombeiros têm como função principal queimar qualquer tipo de material impresso, pois foi convencionado que literatura é um propagador da infelicidade. Mas Montag (Oskar Werner), um bombeiro, começa a questionar tal linha de raciocínio quando vê uma mulher preferir ser queimada com sua vasta biblioteca ao invés de permanecer viva. (Mais, aqui)



3 comentários:

Tati Gomes disse...

O filme é realmente primoroso, a queima dos livros pelos "bombeiros" faz a gente perceber o quanto somos privilegiados por podermos escolher o que ler.
Fahrenheit 451, é um filme da década de 60, mas traz uma provocação beeem atual!
Eu recomendo!!!

Pablo Berned disse...

Me parecem irônicas as referências à República de Platão no filme: afinal, a expulsão dos poetas da cidade ideal vislumbrada pelo filósofo grego se dá pelo mesmo motivo que é lei, em Fahrenheit 451, a queima de livros. Não é?

Priscila do Prado disse...

Para os apaixonados por literatura, a angustia...Para os demais...uma reflexão sobre a funçao da literatura em tempos de buscas incessantes por pragmatismos...

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