Praça matriz do Alegrete. Na imagem, uma referência de Mário Quintana ao tipo de cidade que (espero) ficará apenas no passado. Tenho otimismo em relação ao Alegrete. |
Semestre passado tive uma incrível experiência ao trabalhar em uma escola pública municipal em Alegrete/RS. Foi uma incrível experiência pois tive a oportunidade de confrontar os meus posicionamentos com determinada realidade escolar, interpretá-la e, na medida do possível, agir sobre ela.
Tive vários momentos que me incitaram à reflexão, embora nem sempre tenham partido de situações positivas. Mas tudo é crescimento e amadurecimento.
Sempre costumo iniciar um debate sendo claro: o problema não é pensarmos diferente. Adoro poder aprender e crescer ao confrontar as minhas ideias com quem pense diferente. Desde que haja coerência e seriedade nos argumentos.
Esse rodeio todo é para narrar uma rápida situação em que me deparei algumas vezes logo que cheguei na cidade. Alguns professores vieram me questionar sobre o que eu estava fazendo "dando aula por lá". Eles comentavam que eu sou jovem, tenho boa formação, etc., e poderia procurar "coisa melhor". Na maioria das vezes eu acenava apenas com um sorriso meio constrangido. Outras eu me sentia mais a vontade para responder o que penso: Tudo bem, eu posso procurar "coisa melhor" (como eles me diziam). Não havia nada que me prendesse por lá, e também já tinha outros planos para mim. Mas, ao mesmo tempo, eu me perguntava e provocava os interlocutores: Se os "bons e jovens professores" (na lógica deles) devem ir embora da cidade, procurar "coisa melhor", quem vai dar aulas para essas crianças?
***
Pensei em terminar o post por aqui, mas convém destacar: conheci ótimos profissionais de educação na rede municipal da cidade, questionadores da própria realidade, abertos para novas ideias e atentos à sua responsabilidade como educadores em incentivar o protagonismo da juventude.
Sim, um outro mundo é possível.
E vocês podem (e devem) ser protagonistas na mudança da realidade, tanto em nível individual quanto da realidade à sua volta.
Espero poder ter passado, de alguma forma, essa mensagem.
Um abraço aos meus ex-alunos da Escola Municipal Lions Clube.
Tive vários momentos que me incitaram à reflexão, embora nem sempre tenham partido de situações positivas. Mas tudo é crescimento e amadurecimento.
Sempre costumo iniciar um debate sendo claro: o problema não é pensarmos diferente. Adoro poder aprender e crescer ao confrontar as minhas ideias com quem pense diferente. Desde que haja coerência e seriedade nos argumentos.
Esse rodeio todo é para narrar uma rápida situação em que me deparei algumas vezes logo que cheguei na cidade. Alguns professores vieram me questionar sobre o que eu estava fazendo "dando aula por lá". Eles comentavam que eu sou jovem, tenho boa formação, etc., e poderia procurar "coisa melhor". Na maioria das vezes eu acenava apenas com um sorriso meio constrangido. Outras eu me sentia mais a vontade para responder o que penso: Tudo bem, eu posso procurar "coisa melhor" (como eles me diziam). Não havia nada que me prendesse por lá, e também já tinha outros planos para mim. Mas, ao mesmo tempo, eu me perguntava e provocava os interlocutores: Se os "bons e jovens professores" (na lógica deles) devem ir embora da cidade, procurar "coisa melhor", quem vai dar aulas para essas crianças?
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Pensei em terminar o post por aqui, mas convém destacar: conheci ótimos profissionais de educação na rede municipal da cidade, questionadores da própria realidade, abertos para novas ideias e atentos à sua responsabilidade como educadores em incentivar o protagonismo da juventude.
Sim, um outro mundo é possível.
E vocês podem (e devem) ser protagonistas na mudança da realidade, tanto em nível individual quanto da realidade à sua volta.
Espero poder ter passado, de alguma forma, essa mensagem.
Um abraço aos meus ex-alunos da Escola Municipal Lions Clube.
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