Essa imagem e texto são parte da capa do jornal O Sul, data de hoje. Nela, está estampada a tentativa de azedar as relações entre PT e PMDB. Que o PMDB representa muito da política retrógrada do país e do nosso estado, isso é fato. Porém, o PMDB não se reduz a isso: hoje o PMDB é o maior partido do Brasil porque é um enorme saco de gatos, ou seja, tem de tudo. Além do mais, o PMDB tem sempre jogado com quem está ganhando, fruto de um projeto de nação frágil, que não permite com que se tenha consolidada uma unidade partidária nacional.
No entanto, a parceria PMDB e PT tem funcionado nos altos escalões do governo. A dimensão do PMDB tem dado a governabilidade que o PT precisa. Porém, em virtude da heterogeneidade ideológica (ou de interésses?) do PMDB, não há consonância entre a direção nacional e a thurma do Simon e do Quércia. O país está no rumo certo, embora haja muito ainda por fazer. E, de opções consideráveis a serem a continuidade do Governo Lula e o impedimento do retorno tucano, a união entre PT e a direção nacional do PMDB está se mostrando válida. Porque agourar esse casamento à la William Blake, senador Simon? ¿Por qué no te callas?
E o senador se calou. Não lá no âmbito nacional, onde ele insiste em posar de paladino da ética e faz o joguinho da mídia que lhe convém. Ele se calou a respeito do apoio do PMDB gaúcho, que apóia o governo Yeda. Ele se calou a respeito da própria Yeda, que vem cada vez mais se afundando em sua própria incapacidade de transparência. Tenho pavor da mediocridade a que chega um colunista como o Paulo Sant'Anna, mas tive que concordar com o seu raciocínio de ontem, que reconhece que o processo de impeachment de Yeda não teria continuidade por provas, indícios ou insuficiência delas, mas pelo número de deputados que estão na base aliada. Apesar de fazer uma infeliz comparação com Lula, Sant'Anna explicita a total falta de compromisso dos deputados da situação em querer tornar transparente a crise política do estado.
O PMDB gaúcho está no centro disso: aliás, como o ilustre deputado Alceu Moreira poderia votar contra os interesses da governadora, se foi justamente ele o responsável pelo projeto de aumento de 143% do salário da governadora?
Enfim: vejo com bons olhos a candidatura de Ciro Gomes à Presidência. Para a esquerda que não se sentisse bem em votar no PMDB de vice da Dilma, o voto no bloquinho (PSB, PDT e PCdoB) seria uma alternativa no campo da situação. Apesar de ser uma figura controversa, uma canditadura de Ciro seria em termos simbólicos (como foi a eleição do ex-sindicalista Lula) uma chance ímpar de um partido Socialista chegar ao governo (ao menos, o partido de intitula assim!).
De mais a mais, conversando com o seu Ruben por esses dias, entre idéias e idéias, ele deixou uma pergunta no ar, que retomo agora: se há limites para reeleição de cargos executivos, porque não se limita também a reeleição de senadores, deputados e vereadores?
No entanto, a parceria PMDB e PT tem funcionado nos altos escalões do governo. A dimensão do PMDB tem dado a governabilidade que o PT precisa. Porém, em virtude da heterogeneidade ideológica (ou de interésses?) do PMDB, não há consonância entre a direção nacional e a thurma do Simon e do Quércia. O país está no rumo certo, embora haja muito ainda por fazer. E, de opções consideráveis a serem a continuidade do Governo Lula e o impedimento do retorno tucano, a união entre PT e a direção nacional do PMDB está se mostrando válida. Porque agourar esse casamento à la William Blake, senador Simon? ¿Por qué no te callas?
E o senador se calou. Não lá no âmbito nacional, onde ele insiste em posar de paladino da ética e faz o joguinho da mídia que lhe convém. Ele se calou a respeito do apoio do PMDB gaúcho, que apóia o governo Yeda. Ele se calou a respeito da própria Yeda, que vem cada vez mais se afundando em sua própria incapacidade de transparência. Tenho pavor da mediocridade a que chega um colunista como o Paulo Sant'Anna, mas tive que concordar com o seu raciocínio de ontem, que reconhece que o processo de impeachment de Yeda não teria continuidade por provas, indícios ou insuficiência delas, mas pelo número de deputados que estão na base aliada. Apesar de fazer uma infeliz comparação com Lula, Sant'Anna explicita a total falta de compromisso dos deputados da situação em querer tornar transparente a crise política do estado.
O PMDB gaúcho está no centro disso: aliás, como o ilustre deputado Alceu Moreira poderia votar contra os interesses da governadora, se foi justamente ele o responsável pelo projeto de aumento de 143% do salário da governadora?
Enfim: vejo com bons olhos a candidatura de Ciro Gomes à Presidência. Para a esquerda que não se sentisse bem em votar no PMDB de vice da Dilma, o voto no bloquinho (PSB, PDT e PCdoB) seria uma alternativa no campo da situação. Apesar de ser uma figura controversa, uma canditadura de Ciro seria em termos simbólicos (como foi a eleição do ex-sindicalista Lula) uma chance ímpar de um partido Socialista chegar ao governo (ao menos, o partido de intitula assim!).
De mais a mais, conversando com o seu Ruben por esses dias, entre idéias e idéias, ele deixou uma pergunta no ar, que retomo agora: se há limites para reeleição de cargos executivos, porque não se limita também a reeleição de senadores, deputados e vereadores?
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